segunda-feira, 30 de abril de 2012

Mude as regras!

Mudando as regras do jogo...

Há momentos em que devemos parar,
olhar o em torno,
prestar atenção nas reações,
nas emoções expostas,
nos olhares,
nas direções.


Há momentos em que devemos silenciar,
pois por muito falar perdemos o melhor...


Há coisas que só percebemos quando silenciamos,
pois podemos nos entregar à percepção sem restrições...
Observamos melhor com os olhos e com a alma...


Há momentos em devemos mudar as regras do jogo,
alterar as atitudes,
equilibrar o pensamento em direção ao real.

Despoluir,
esclarecer,
analisar...

Se há coisas que devem ser mudadas,
devemos começar por nós.

Deixamos chegar até aqui.
Até esse marco.
Agora é definir: aonde queremos ir?

Se suas regras não funcionam, não levaram ao resultado esperado: crie outras!
...ou viva sem regras!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

E flui assim...

E flui assim esse Espírito em mim...
Como força motriz,
raiz de energia,
alavanca...
Impulso que irradia...


Fé viva e eficaz.


E flui assim o Sim,
Flui assim longe do medo e da solidão.
Sustenta, fortalece e alimenta a visão.

Não vem de fora a influência,
não vem de palavras soltas,
de outros ou de histórias...
Vem de dentro,
de uma nascente límpida e reluzente...

Meus olhos são cobertos pelo bom e o que endoidece,
entristece ou simplesmente não é não consegue machucar.

Há um muro de amor protetor guardando a cidade que é meu coração.
Fortificando-a.
Ele me protege das guerras que na vida imperam.
Traz o silêncio à minha cidade natal,
afasta o mal.

E quando há perguntas de como e quando... de porque e quais os motivos de seguir com tamanho sorriso,
tamanho intento,
tanta direção mesmo na oposição...
O que posso dizer?

Vou além das formas,
das normas,
dos tempos...
Vou além do que posso,
pois o que posso é um limite estipulado por mim que simplesmente quer dizer:
"Até aqui conheço..."


Vou além desse lugar.

Deixo fluir assim.
Natural.
Essencial.
Pleno.
Denso.
Deixo fluir o que há dentro.

E vai assim:
terno e sem fim...



terça-feira, 24 de abril de 2012

...vem novo!

Vem!
Tô te esperando...
Há tempos te espero.
Há tempos minh'alma te vê.


Vem amor!
Vem doce, vem leve...
Vem no ritmo da música...
Vem e não seja breve.
Tem coisas aqui que só você pode ter,
pode tocar...



Vem!
Há histórias preditas que não sabemos existir,
depois contaremos como se já fossem,
mas agora é novidade vir.


Vem novo!
Vem ruidoso!
Vem cheio de rimas e detalhes...
Vem repleto de si e vazio de mim...


Vem...
...para que novas letras se formem enfim...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Deixa ir...

Deixa ir, deixa ser...

A vida tem um fluxo perfeito.
O desgaste de mudar o fluxo é que causa a dor.

Deixa ser o que é.

Deixa livre.


Deixa vir.

Há um curso natural.
Não é forçado,
não é medido,
não é imposto,
simplesmente é.

Deixa ser, deixa fluir.

A simplicidade, naturalidade e beleza estão no simples fato de ser.
Não essa beleza padronizada, 
esteriotipada,
que os olhos podem ver,
e sim aquela beleza que emana da autencidade vivida.

Deixa acontecer o que aconteceu dentro.


Deixa ser, deixa ir.


A vida pede pra viver...



No sossego...

No sossego quero estar...
Minha moradia é de paz...
E de todo esse movimento que se impõe quero distância.


Minha vida é mar calmo,
as ondas só quebram no raso,
no profundo só há calmaria e paisagens encantadoras que nem todos podem ver...

Nem todos mergulham.






domingo, 15 de abril de 2012

Cresci!

Cresci!


Não tenho medo do que julgam risco.
Não meticulo atitudes para viver o que de tão natural forma se achega.
Não aceito o não como fim.
Cresci, e o não é a porta fechada que me direciona para uma porta ainda maior, e melhor.

Digo e repito:
O Não é um SIM bem GRANDE 
para outra direção.

Cresci, só isso!
Convivo comigo e minha companhia me faz bem.
O outro vem como presente divino,
e admiro todas as suas curvas.
A felicidade já não está no outro...

Dois se tornam Um,
mas quando sós são Um também, não são metade.

Cresci!
Agora detalhes são grandeza,
sorrisos são reluzentes e indispensáveis,
olhares são textos entregues...
São segredos revelados.
Os momentos são breve eternidade...
São lembranças sem fim.

Cresci e agora a leitura da vida é outra.

Nada é por dependência,
não é por insuficiência...
É simplesmente encontro,
é simplesmente doação,
 é amor, 
e do bom...

Tu Hsiang disse: ..."Vocês, cavalheiros, ainda não fizeram o que de melhor lhes é possível. O que perderam no incêndio é uma pequena parte do que... possuem. Por que se preocupar com isso?...

Por que nos preocupar com isso?

Crescemos e as difuldades são normais na vida de gente grande...
Elas só possuem a grandeza que damos a elas.


Crescemos.
E na verdade: Como é bom ser grande!


Aperfeiçoados pelo tempo,
pelo movimento do coração,
pelos que passaram e se foram de nós,
pelos encontros e desencontros,
pelos risos e lágrimas...
Crescemos e somos mais apegados aos reais valores,
assim como crianças fomos... sinceros e dados.

É o retorno ao simples e natural.
Cresci e pronto!
Agora, cada vez melhor!
Cada vez maior!


quinta-feira, 12 de abril de 2012

"Donde" sai tudo isso?

Donde sai tudo isso?
De que maná surgem as letras, as rimas... 
Como compõem a métrica?
Como formam a poética?
Como transparecem a alma?


Donde fluem essas águas?
Essas mansas palavras,
até a trovoada que faz o tempo virar,
girar,
mudar...
Donde vêm?


A alma se entrega a elas,
e formam palavras tão belas,
criam acentuações,
criam mais do que versos,
vão além das prosas,
simplesmente entrelaçam-se e no encontro suspirado 
e suave do amor elas nascem.


Mas donde sai tudo isso?
Essas cores desvendando amores vitais,
pulsantes vozes e o silenciar mais povoado de palavras que há?


E essas melodias internas,
essas risadas descompromissadas,
essas imagens que formam o mundo nosso interno,
que povoam nossas histórias,
que romanceiam nosso sim,
que desdobram nosso caos em simples toques angelicais?


Sai tudo isso de dentro,
é um movimento sem fim.
Tem de tudo nesse lugar de magia,
fonte criadora e benigna,
cheia de vida e amor,
regada de poema e cor,
de imagens tão belas,
e sons tão singelos,
de matas e ventos...

 

 São elas, são belas...


O engraçado é que não para de vir,
não para de nascer,
e nasce todo dia em si essa coisa linda que é ser,
nasce e renasce o ser,
renova e renova assim.

Vem mais donde vem tudo isso... vem sim!


quinta-feira, 5 de abril de 2012

O silêncio.

Às vezes o silêncio traz o ponto final que precisamos.


Em meio a tantos acontecimentos, tantas palavras jogadas ao vento,
palavras que refletem somente emoções superficiais e impulsos,
vejo que o silêncio significa mais e vai bem mais profundo.

O silêncio traz a voz que somos nós.


Faz lembrar e ver pelos ângulos corretos,
a lente interior é usada e tudo fica nítido e nada mais razoável do que encarcerar as palavras para direcionar as ações.

Tanto falado,
tão pouco dito.

Silêncio.


A quietude é capaz de expor as mazelas e reviver as potencialidades.


A resignação e viagem ao centro do 'eu' realiza os verdadeiros milagres.

Porque ouvir é melhor do que falar.


Porque perceber com o toque sublime da sensibilidade é compreender a natureza da alma. 
É ouvir as suas próprias respostas.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

...a felicidade!

A felicidade chegou, 
olhou a janela aberta,
queria ver se podia entrá...



Percebeu a porta encostada,
encheu-se ca  coragem toda e veio pra cá.

A felicidade é simples,
gosta de cores pasteis e às vezes põe-se a ousar.

Usa um vermelho forte,
e sai com um cheiro da sorte,
daqueles de encantar...

A felicidade viu,
que agora era o momento
de tudo reiniciá.


Já era um novo ciclo,
e mandou seu vento forte,
soprá e movimentá.

A felicidade disse,
bem leve ao coração,
que não deve-se amar,
aqueles que não têm amô baum...

Que quando a gente cresce,
não vive mais coisa tola,
a gente ama quem mostra,
que é gente disposta,
a viver as coisas boa.


A felicidade disse,
que quando a gente cresce,
não vive coisa moleque,
não é como neném...

Que quando se é menino,
se age como menino,
mas quando se é grande não pode sê assim não...

A felicidade entrou e disse que vai ficá,
tratou logo de arrumá um lugá pra se encostá.
Expulso a dúvida e o não...
Disse: sai daqui coisa ruim! Sai daqui limitação!

A felicidade é velha,
é uma daquelas coroa
bonita de conversá.
Já vive há tempos na terra e pode então falá...
e falá e falá!

Ensinou em uma palestra,
que todas as coisas que presta 
são aquelas que nós não podemu comprá!

Ensinou monte de coisa...
que deve-se amar gente boa e de briga se afastá...

Agradeço a minha amiga,
a dona Felicidade,
que tive a honra de deixar,
em minha vida ficá!

Digo que tô aprendeno
com cada lição dada,
e que em minha casa pode pra sempre está!

Fecho a porta com ela dentro,
e os outro sentimento
não vou mais deixá chegá...

Nada de rever o ciúme,
a mágoa e briga tão proibida desde já!
E o amor enganoso
digo alto em belo tom: Nunca mais venha pra cá!
Aprendi que as coisas tola
até que parece boa
mas só sabe machucá!

Tô feliz com as lição,
que a vida trouxe então 
e estou a me orgulhá....
Da maraviosa sorte,
E desses momento nobre 
que eu pude aproveitá...



Então felicidade... obrigada meu amor,
pode ficá, pode ficá!
Obrigada por servir de escudo
e nunca mais deixá o mal aqui vingá!

domingo, 1 de abril de 2012

...eu quero!

Quero ter um portão de madeira,
movéis rústicos...

Quero luminárias feitas de amor,
simples e únicas...

Quero toalhas felpudas,
um chinelo velhinho,
um grande revisteiro e potes grandes para toda a pipoca que ainda irei comer...

Quero uma parede de quadros e punhado de dvds,
de todos os tipos,
para todos os meus humores.

Quero uma hortinha ou um belo pé de pimenta vermelha...



Quero uma mochila pronta pra ir e um abraço quente pra ficar.


Quero os cílios, os cheiros e os risos.

Quero raízes cada vez mais fortes...

Quero um relógio que me lembre a Inglaterra,
quero grandes panelas,
e temperos sem fim...
Quero alecrim para dar um cheiro,
manjericão para saborear,
quero cominho,
pimenta calabresa quero sim...

Quero um jeans velho e desbotado,
e uma alma amada pra viver junto de mim...

Quero um docinho pra depois do jantar,
um chocolate pra tpm,
um livro para reler e ouvir Tulipa Ruiz.

Quero caminhar todos os dias pela manhã,
e pensar no amanhã sempre com um dia melhor.

Quero desodorante sem cheiro,
um pouco mais de dinheiro para poder a outros ajudar,
quero dançar.

Sentir o vento no rosto ao caminhar,

Quero mais,
mais viver,
mais sorrir,
mais amar.

 ...eu quero!

...voluntariado cidadão.

Porque de que vale o saber se não for dividido?
De que vale o amor se não for partilhado?
E a instrução e a experiência de que valem?

O sentido das coisas está em como são empregadas...

Outro dia quando estive no Calle. Projeto realizado na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana no Rio de Janeiro, pude experimentar o quão bem faz admirar a execução da humanidade, da solidariedade, da doação.

Ao assistir duas aulas de inglês ministradas por Carol Fortez, turista espanhola que voluntariou-se no projeto para doar seu tempo e talento em ensinar, pude ser agraciada com tanto amor e tanto zelo pelo outro que por tal fato hoje escrevo.

Carol Fortez

Partilhar, dividir, exercer cidadania, ser o que espera-se do outro é o princípio da mudança.

Projetos como o Calle são um prêmio para tantas pessoas.
Para os que se doam e para os que recebem.

Creio eu que quem doa-se ao próximo é o maior recompensado.

Ter não constrói o SER.

Sinto-me invadida pelo anseio de divisão. De veícular o acesso que tenho, o pouco que sei e o muito que aprendo.
Tenho aprendido com os que compartilham, com os que exercem sua paciência, sua fé, sua crença.
Tenho aprendido com os que silenciam e agem.

Dia do mutirão para a retirada do lixo da encosta na Ladeira dos Tabajaras.
Porque o discurso é bonito, mas a atitude é o que importa.
Parabéns para as pessoas que fazem a diferença pelo que são e por tudo o que têm em si:
O que realmente há de maior valor!
Tenho admirado as curvas do amor real... aquele que inspira a poesia e que é tão grande e forte que move a vida.

O simples é tudo o que realmente vale.
A simplicidade é a nobreza da alma.
A sabedoria é um princípio divino.

Nada vale a cor, a forma, o valor... 
Valem os sorrisos, o crescimento, os momentos irretornáveis, as pessoas que encontramos no caminho...
Vale amar ao próximo como  nos amamos... desejar a eles o que desejamos a nós mesmos,
e admirar suas rugas,
suas histórias,
sua cultura diversa,
seus sonhos...
Vale a pena ser.

A Carol foi embora, cumpriu suas férias no Brasil e outros voluntários chegam e cooperam com o projeto. E aqueles que diariamente estão ali continuam, Valter Alexandre e outros pilares de expansão dos sonhos e propagação do bem, são os referenciais para podermos ver que o que parece pouco é uma verdadeira e grande ação de amor.

Carol fotografando Valter Alexandre - um dos voluntários responsáveis pela realização
do projeto Calle na Ladeira dos Tabajaras.

Ali não é a minha casa,
mas faz parte do meu mundo.