sábado, 29 de setembro de 2012

Parte minha.

Você é minha curva.
Aquele que tira-me da reta meta da vida que curta é.
Você me flexiona.
Exercita a fragilidade escondida.
Me faz pele,
seca, 
doce...
Dificulta meu leve fluxo com tuas pedras...
Uma pergunta sem responta,
mesmo que a resposta seja esta.
Você é parte minha.






Sai!

Pula fora!
Sai dessa toca!
O mundo que você criou tá aí
de portas abertas pra você entrar.

Vombora!
Minha mão tá estendida,
já tem parceria pra caminhar.

Se quiser a gente corre!





"Descomplexibiliza"!

A complexidade é somente a falta de coragem 
de viver a simplicidade que a vida oferece.

É o sim ou o não.
É o quer ou o não quer.
É o vamos ou o não vamos.
É você ou não é você.

A complexidade é uma proteção para o medo de prosseguir.
É um muro construído para evitar o sofrer.
Faz milhões de vezes pensar, 
repensar, 
e ver de forma sofrível o que ainda não foi, 
vasectomizar o que seria um frutificar tão belo...

"Descomplexibiliza!"






Intercâmbio Poético - Um convite aos meus amigos poetas!

Olá queridos amigos e poetas 
que frequentam esse lugar de entrega 
e partilhar que é o Fora da Cena.

Gostaria de incentivá-los a estarem conosco no Iº Intercâmbio Poético - Movimento Brasil Cultural que estamos produzindo na Baixada Fluminense em Duque de Caxias. 

O propósito é levar a arte poética de forma diferenciada, 
onde atores interpretarão as poesias selecionadas e seus vídeos serão divulgados na internet, 
proporcionando a ampliação do conhecimento de atores 
e autores de todo canto do Brasil.

O blog Fora da Cena estará lá!

Além desse movimento poético teremos uma grande diversidade cultural acontecendo no evento. 
Exposições de fotografia, esculturas, biblioteca, aerografias, telas, intervenções, bate papo cultural com André Ramiro sobre a importância da cultura e arte na vida do cidadão, onde também cantará músicas de seu cd Crônicas de Um Rimador.

Participe conosco do projeto.

Será uma honra.






quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Oportunize-se viver.

A repetição traz a perfeição,
então pratique-se.
Seja, seja, seja cada vez mais você.
Ouse-se mais,
vista-se mais de si,
das suas cores,
dos seus olhares,
amplie seus ares e diga o que é e veio ser.
Seja.
Aquilo que não alcançou,
espere, 
vá adiante,
chegará lá.
Que o medo de não ser seja força para lutar.
Esqueça as palavras.
Faça valer.
Oportunize-se viver.



Dentro.

Acordo-me quando vejo-me envolta 
por visões que não refletem o que sou.
Fujo de tal névoa.
Setas, influências, tantos laços...
A mentira força-se a ser aceita 
e os primários rudimentos insistem em ficar...
Acordo-me sempre que o eu visto diz que é o ser principal... 
não é.
Pôr-se no lugar que é seu e ficar.
Olhar-se em real grandeza e ver-se como de fato é.
Visão interior é força vital.
Propulsora energia,
dispensa concordância,
dispensa muletas,
livra-se do importar alheio e segue.
A liberdade que agrega total felicidade à alma é aquela que vive sem desejo de agradar a outrem.
Sim, 
cria-se personagens para a aceitação social... 
...mas que tal ser o normal? 
Ser o que é e só.
Não sou o que pensam de mim.
Sou o que sou,
e quando o que sou não basta,
altero-me,
aprendo,
mudo e capacito-me para ser mais de mim.
Fecho meus olhos para o mundo externo e abro o interno.
Meu mundo é plural, 
extenso e ainda virginal em tantos caminhos...
tantos lugares meus ainda nem pude explorar...
Acordo-me do que os outros podem pensar...
É sonho irreal.
O real está aqui.
Dentro.





sábado, 22 de setembro de 2012

Minha beleza.

Minha beleza é livre,
sem compostura.
Tem a face do eu que digo.
Do riso que expande.

Minha beleza não tem forma,
nem fôrma,
nem nada ideal.
É simplesmente simples essa tal.
Recheada de letras,
textos,
rimas e prosa e tal.

É recheada de liberdade,
despida de fronteiras,
tem musicalidade,
e amor de verdade,
transpirando 
e emergindo em mim.

Paro porque não pára,
porque frasear não explica
nenhuma beleza enfim.




Coisa de menina.

Deixa eu escrever pra você uma rima.
Coisa de menina deixa eu ser.

Deixa te acarinhar com poesia,
na maestria que só o amor pode entregar.

Deixa te presentear com o que tenho,
de maior valor eu tenho,
isso não tem como comprar.

Deixa eu ser o meu desdobramento,
em todo movimento,
que minha alma dá.

Deixa eu te mostrar a liberdade,
que é viver o que cada palavra diz.

Deixa eu descrever como se faz,
isso muito me apraz e susterá a ti.

Deixa assim a palavra ir,
o olhar surgir,
a voz do peito soar.

Deixa eu te poetizar,
aperfeiçoar a ti,
no universo amplo do meu pensar. 



Seja o um.

E porque as pessoas querem mostrar 
aquilo que não são?
Desejo de aceitação?

Ai... quanta besteira faz-se por nada.
No meio da caminhada 
descobre-se que não tem jeito não.

Somos o que somos.
Só isso então.
Só isso é a perfeita receita para o ser feliz.

Livre-se do todo.
Seja o um.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

...é só deixar.

O que acontece?
- Sei não!
Pode-se tudo explicar sobre o coração?

Seja como for está.
Como semente plantada está.
Uma gota d'´água faz livre brotar.

O acontece?
- Sei sim.
Tu o sabes também,
é só o sentir.

É que muito ensinam a guardar,
mas tem espaço não,
não deixa o peito apertar.
Razão não deve ganhar.

Acabou não.

Tem guardada,
não falada,
não vivida.
Tem coisa esperando pra chegar...

O que acontece?
Você sabe!
...é só deixar.




voz.

Timbre soante, 
ressonante, 
vibrante em bravas 
e melódicas notas de amor.

Suave, tocante, sussurrante.

Revelante és, 
voz que expande na brisa que sopra em tons os pensamentos que traçam o nós.

Vem...
ouve a voz.





segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Arlequim.

Ser natural.
Não se esconder.
Dizer o que sente sendo assim fiel a si.

Apesar dos pesares e dos falares...
muitos gostam de jogos,
de capas,
de personagens...
Assustam-se com palavras,
com sinceridade.

Muitas pessoas gostam de serem vistas vestidas de algo 
que normalmente não são...

Triste fim.
Arlequim.


Colheita.

Pessoas nos vêm como nos vemos.

Nos respeitam como nos respeitamos.

Nos admiram como nos admiramos.

A vida é um espelho.

Recebemos o que emitimos...

Basta olhar a colheita para entender a semente.


domingo, 9 de setembro de 2012

...deixo meu pensamento ir

E deixo meu pensamento ir.
Criar enfim o que realmente desejo.
Não paro-o, 
não crio obstáculos mentais.
Deixo-o livre,
mostrar-me o que realmente quero,
além das possibilidades racionais,
além das questões,
além do óbvio,
deixo-o mostrar-me 
os altos vôos que quero dar.
Que posso dar.

Serra dos Órgãos - Teresópolis

E sabendo eu que tudo que é vísivel,
foi criado anteriormente de forma invisível, 
impalpável:
alegro-me.
Sabendo, afirmo-me que tais verdades são reais, 
materializáveis, 
porque nossos pensamentos, 
se cridos, 
geram ações,
mobilizam energia,
atraem,
e fazem-nos ir na direção correta.
Basta crer.
Assim,
deixo meu pensamento ir.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Pedido de hoje.

Que minha vida seja extrema fidelidade às minhas crenças.
Que seja pautada nos sentimentos reais,
sentimentos meus.
Que não haja receios, 
muito menos desejo de impressionar a ninguém.
Minha consciência seja meu guia,
seja minha luz nas escolhas feitas.
Que eu seja o máximo que posso ser.
Que eu faça o máximo que posso fazer, 
porém não por obrigação. 
Que me abstenha das coisas vãs,
do que a aparência deseja implantar,
do que as pessoas esperam,
do que a sociedade muitas vezes impõe.
Que me abstenha do que não sou e não corrompa meu pensar.
Que minha vida seja entregue 
e não hajam limites para realizar o que transborda em meu coração.
Que eu tenha audácia em assumir,
coragem de falar,
força para romper
e amor a doar.
Porque não há normas,
não há regras reais,
nossas cadeias são mentais,
e o que realmente vale é ser feliz.
O resto... tudo passa.


Seja livre e viva.
Essa é a vida e nenhum segundo torna...

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Pela manhã sinto saudades...

Saudades da tua rouquidão.
Saudades de tu... amor bom.
E pelos teus braços passear meu corpo.
E no teu olhar repousar o meu sorriso.
No teu beijo entregar o meu suspiro.

Pela manhã sinto saudades...






sábado, 1 de setembro de 2012

Entregue a mim.

Tenho que aceitar.
Crescer dói sim.


Mas depois é a liberdade de ser que toma o peito,
liberta a voz,
esclarece o pensar,
paralisa o tolo ouvir.

Faz perceber o valor real que as pequenas 
e preciosas coisas têm.

E como em um lindo amanhecer,
olha-se não o em torno,
e sim o interno e descobre-se:

- Vou... vou embora do que pensam que sou. 
Vou viver o meu máximo. 
Fazer o que quero fazer. 
Vou ser... e não há o que possa impedir: Cresci. 
Já não torno mais.

Pronta. Entregue a mim.
A viver-me.
Doar-me.
Desfrutar as propostas dadas 
pelas sinuosas curvas minhas,
provar então meus desejos 
e deleitar-me nos sabores da vida 
que me faz feliz.

Segundos, minutos, momentos meus...

Estou pronta. Verdadeiramente entregue a mim.


Sempre soube.

Sempre soube.

Talvez pouco tenha ousado em proferir as palavras 
que o peito diz na surdina do sentir...

Mas sempre soube.

Há uma voz límpida que diz e diz, 
e confirma,
e grita, 
e é o Sim
e é o Fim das perguntas tolas do pensar.

Há uma razão para todo intuir.
As coisas não são o que são assim...
Elas têm porquê,
têm densidade em ser,
são propositais suas aparições,
são itencionais os encontros que a vida propõe.
São o que devem ser.
São chamados a existir pela força da visão 
interna que temos e desejamos viver.

A fé gera no intangível o que tangível será.
Como manivela,
lenta e gradativamente segue.

Sempre soube e assim deve continuar.