quarta-feira, 22 de abril de 2015

Velha guarda

Gente ligada em imagem, em cores e formas.
Gente que se impressiona com nada, com mentiras e histórias furadas.

Talvez seja uma inspiração estranha criada.
Quando você vê ao vivo não é nada disso.
Muita gente escondida atrás de palavras não praticadas.

Que tristeza.

Sábio é quem vive o que fala.
Esse sim tem uma vida real e não imaginária.

A vida é uma conjunção de detalhes diários que embelezam os dias mesmo na rotina tão mal falada.
A rotina deve ser admirada.
A disciplina.
Tanto quanto a aventura é sonhada.

Cada coisa tem seu peso e sua dádiva.

Talvez daqui a pouco tempo o período seja inverso.

Tempo de toque e de som de risadas.

Talvez não, talvez nada.
Muito mais do nada, da distancia e novela da vida alheia que todos assistem em casa.

Palavras, palavra.

Em tempo de botões se você abraça pode ser mal interpretada.

Se você sorri largo pode ser o príncipe, o cara.

Se você conversa pode até levar pra casa.

O telefone não para.
Voz?
Nada.
Só bipes e toques de mensagens mandadas.
Caladas de vozes.
Faladas.

Gente ligada, desconectada, diferenciada.

E eu?

Acho que velha guarda.


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